LIBERDADE


A maioria de nós está ou já esteve preso à alguma coisa, seja uma pessoa, um momento ou mesmo mágoas, todos nós passamos por prisões que vão moldando o modo que somos e reagimos às situações de nossas vidas. Existem diversos tipos de prisão e também diversos tipos de prisioneiros, alguns se sentem confortáveis estando presos, alguns (a maioria) nem ao menos sabem que estão presos e outros possuem a chave da prisão mas por não terem coragem de usar, se mantém presos.

Na passagem de Atos 12, podemos ver a história da prisão de um dos discípulos mais próximos de Jesus, Pedro. Depois de mandarem matar à espada seu irmão Tiago, prenderam Pedro e o lançaram no cárcere (ler Atos 12:4,5). Em seguida o texto diz que ele ficou detido na prisão mas que a igreja orava intensamente por ele. O primeiro ponto para ser liberto ou auxiliar na liberdade de alguém de alguma prisão é: ORAÇÃO. Se divulgassem suas orações em textos na internet, quantos clamores por liberdade leríamos? Nosso papel como um só corpo em Cristo (ler Romanos 12:5) é não só estar em comunhão de domingo, mas em constante fervor de oração e intercessão pelos necessitados, pelos presos em vícios, armadilhas emocionais e qualquer outra coisa que impeça o conhecimento da plenitude de viver com Cristo.

O texto segue descrevendo que enquanto Pedro estava dormindo, um anjo do Senhor o despertou para o libertar do cárcere (Atos 12:6-9). Pedindo que ele se vestisse e o seguisse, o conduziu para fora mas Pedro, no entanto, ainda não havia acreditado que era real o que estava acontecendo pois tudo lhe parecia apenas uma visão. O segundo ponto a se entender sobre a liberdade é: ela é um PROCESSO. Com o imediatismo que temos hoje, conduzimos até nossas orações nessa afobação do “quero para já”, e isso nos torna fracos em persistência em luta e oração pela liberdade dos cativeiros. Lembra de Jacó? A palavra diz em Gênesis 29 no versículo 20 que “...Jacó trabalhou sete anos por Raquel, mas lhe pareceram poucos dias, pelo tanto que a amava.”. Precisamos de persistência e entendimento sobre os processos como Jacó, firmados em amor pelos nossos familiares e por nós mesmos, respeitando os tempos e processos e sabendo que Ele conduz todos eles de acordo com Sua vontade.

Depois de finalmente se abrir sozinho o portão de ferro para a liberdade de Pedro e o anjo o ter deixado, ele caiu em si e disse “Agora sei, sem nenhuma dúvida, que o Senhor enviou o seu anjo e me libertou das mãos de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava” (Atos 12:11). O terceiro ponto que posso destacar a respeito da liberdade é: se perceba LIVRE. As vezes passamos tanto tempo pontuando aquilo que precisamos ser libertos e mudados, que esquecemos de ver e sermos gratos por aquilo pelo qual já fomos libertos não só no âmbito pessoal que vamos amadurecendo e crescendo, mas, acima de tudo, naquilo que Ele já nos libertou em Seu plano perfeito “Mas agora que vocês foram libertados do pecado e se tornaram escravos de Deus o fruto que colhem leva à santidade, e o seu fim é a vida eterna.” (Romanos 6:22)

"Mas Pedro continuou batendo e, quando abriram a porta e o viram, ficaram perplexos. Mas ele, fazendo-lhes sinal para que se calassem, descreveu como o Senhor o havia tirado da prisão e disse: “Contem isso a Tiago e aos irmãos”. Então saiu e foi para outro lugar." (Atos 12:16-17) o último e talvez mais importante ponto que gostaria de destacar é: TESTEMUNHE sua liberdade. O nosso testemunho pessoal é muito importante, é interessante que nos lembremos sempre do modo que fomos alcançados por Jesus, o modo que éramos e como somos hoje, pois isso nos traz esperança e força para prosseguir nos nossos processos de liberdade. O testemunho é uma preciosa arma evangelística, com ele nós alcançamos o coração dos que falamos, e nos ajudamos e ajudamos os outros a ver que TUDO é possível para Deus e que a liberdade está mais próxima e palpável do que imaginamos. Que a sua liberdade liberte (ler Marcos 5:19).

Que os nossos caminhos e orações por liberdade não se tornem fardos pesados, mas que compartilhemos nossos processos em alegria, sempre crendo na glória que em nós será revelada através de nossas fraquezas. "Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada." (Romanos 8:18)

“Portanto, se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres.” (João 8:36)

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